O Colégio Estadual Militarizado (CEM) Aldébaro José Alcântara, em Bonfim, prepara-se para sediar a 8ª edição do tradicional Festival de Línguas, que será realizada nesta sexta-feira, 6, nos três turnos letivos, manhã, tarde e noite.
O evento, que começou em 2015, busca fomentar o gosto dos estudantes por línguas estrangeiras e maternas, unindo a comunidade escolar em torno de apresentações culturais e manifestações de identidade linguística.
A edição deste ano traz um foco especial na valorização da leitura e das literaturas de autores estrangeiros e brasileiros, como uma resposta ao impacto da pandemia sobre o interesse dos alunos nas disciplinas de Língua Portuguesa, Espanhola e Inglesa.
Segundo os organizadores, o festival visa resgatar a curiosidade literária dos estudantes, afastando-os do excesso de uso das telas digitais e promovendo a imersão no universo das palavras, cultura e histórias.
História e evolução do festival
Criado pelas professoras Edinalva Vieira da Silva e Roseana Agatha Mann, o festival começou como uma iniciativa para estimular os alunos do ensino médio a se interessarem pelas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Ao longo dos anos, o projeto expandiu-se para incluir o Ensino Fundamental e a EJA (Educação de Jovens e Adultos), além de incorporar a Libras (Língua Brasileira de Sinais) e línguas indígenas regionais, como Macuxi e Wapixana.
Após uma pausa devido à pandemia, o evento retornou em 2022, celebrando o tema “Decolando nos países falantes das Línguas Inglesa, Portuguesa, Espanhola, LIBRAS e Indígenas”. No ano seguinte, destacou “Línguas e Cultura”. Em 2024, o tema propõe uma viagem ao mundo literário dos países de língua portuguesa, espanhola e inglesa.
Programação diversificada
A programação deste ano inclui apresentações de obras literárias, encenações teatrais, danças, música, HQs, literatura de cordel e exposições culturais. Haverá também um enfoque na gastronomia típica dos países representados, permitindo uma imersão cultural ainda mais rica.
Segundo a professora Roseana Agatha Mann, o festival desempenha um papel importante na formação dos alunos. “Agora, em 2024, depois de analisar a aprendizagem dos alunos, a qual constatou-se um grande desinteresse em relação à leitura e à produção de texto. Então, o projeto voltou seus olhares para incentivar o gosto pela leitura e o aluno ter a curiosidade e o prazer de ler obras literárias ou histórias em quadrinhos ”, explicou.
Ela destacou ainda o impacto positivo do evento. “O projeto inseriu o uso das línguas de sinais e língua materna e estendeu o atendimento aos alunos da EJA”, acrescentou.
SECOM RORAIMA
JORNALISTA: Layse Menezes
FOTOGRAFIA: Ascom/Seed
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