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JUSTIÇA Homem é condenado a 10 anos de prisão por tráfico internacional de pessoas ao explorar venezuelanos com deficiência auditiva.

 


Homem é condenado a 10 anos de prisão por tráfico internacional de pessoas ao explorar venezuelanos com deficiência auditiva. Réu aliciava vítimas pelas redes sociais. Migrantes se mudavam para o Brasil com promessa de emprego, mas quando chegavam a Boa Vista eram obrigados a pedir dinheiro nas ruas da cidade.

🧑🏻‍💻Por G1 RR
🗓️25/10/2024

Um homem foi condenado a mais de 10 anos de prisão pelo crime de tráfico internacional de pessoas após ser acusado de obrigar migrantes venezuelanos com deficiência auditiva a pedir dinheiro nas ruas de Boa Vista. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (25) pelo Ministério Público Federal (MPF) de Roraima, autor da ação na 4ª Vara Federal Criminal.

O réu, que também é venezuelano e naturalizado brasileiro, também submetia as vítimas a condições análogas à escravidão. A decisão cabe recurso e, atualmente, o acusado responde ao processo em liberdade.

Os crimes ocorreram no período de 2015 a 2017, no início do processo migratório de venezuelanos para o Brasil. Conforme o MPF, o réu, com o apoio de outro migrante, aliciava as vítimas por meio de vídeos publicados no Facebook, onde utilizava a língua de sinais.

As pessoas eram persuadidas para que saíssem da Venezuela e ingressassem no Brasil, sob falsa promessa de emprego em Boa Vista.

Entretanto, após conseguirem levar as vítimas para a Boa Vista mediante o pagamento de altas quantias, que variavam entre R$ 9 e R$ 11 mil.

Na capital, as vítimas eram alojadas em imóveis alugados e comunicadas de que, na verdade teriam de pedir dinheiro na rua, prática denominada como mendicância.

"Por meio de violência, coação e grave ameaça, as pessoas [migrantes com deficiência auditiva] eram obrigadas a pedir dinheiro em locais de bastante trânsito de pessoas, a exemplo de agências bancárias, hospitais e praças", detalhou o MPF.

Todo o dinheiro arrecadado pelas vítimas ficava com os acusados. Os réus também ficavam com os documentos pessoais das vítimas para limitar a liberdade locomoção e impedir que voltassem à Venezuela, sob o argumento de que os valores seriam usados nas despesas da casa e no pagamento das viagens para o Brasil.

FONTE Portal G1 /RR


Sobre Libia López

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