González, que estava refugiado na embaixada da Espanha em Caracas, partiu com sua esposa, Mercedes, em um avião da Força Aérea Espanhola, após receber o asilo político. A notícia foi confirmada pela vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, que afirmou que o governo venezuelano concedeu os salvo-condutos necessários para sua saída do país.
A saída do opositor acontece em um momento de tensão política na Venezuela, após as eleições presidenciais, cujo resultado foi contestado pela oposição e por parte da comunidade internacional. González, ao lado de María Corina Machado, acusa Maduro de fraude e alega que ele foi o verdadeiro vencedor, baseado em atas eleitorais que dizem ter em mãos. O governo Maduro, no entanto, rejeita essas alegações e as considera "forjadas".
A crise se intensificou com a revogação, no sábado, da autorização para que a Embaixada da Argentina em Caracas, que abriga colaboradores da oposição, fosse representada pelo Brasil no país. O governo venezuelano decidiu retirar essa permissão após o rompimento das relações com Buenos Aires e outros países que questionaram a reeleição de Maduro.
Enquanto isso, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que González e María Corina são responsáveis por incitar os protestos violentos que ocorreram após o anúncio do resultado das eleições, que resultaram em 27 mortos e mais de 2 mil detidos.
A situação de González e o impasse diplomático entre Venezuela e Brasil refletem o aprofundamento da crise política no país, que continua a enfrentar duras críticas internacionais e protestos internos. O governo espanhol reafirmou seu compromisso com os direitos humanos e a integridade dos opositores venezuelanos, destacando a importância de preservar a democracia na Venezuela.
Fonte https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2024/09/08/opositor-gonzalez-alvo-de-mandado-de-prisao-na-venezuela-busca-asilo-na-espanha.ghtml
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