O Bluesky, fundado por Jack Dorsey, cresceu rapidamente no Brasil após o bloqueio do X. A plataforma, que lembra o Twitter em muitos aspectos, ganhou 2 milhões de novos usuários no país, totalizando 4 milhões. O diferencial do Bluesky é seu sistema de moderação descentralizada, onde os usuários podem escolher diferentes serviços de moderação e filtros de conteúdo conforme suas preferências. A interface do Bluesky é simples, baseada em interações como curtidas, respostas e seguidores, características que ressoam com os antigos usuários do Twitter. Contudo, a ausência de uma estrutura de monetização e formatos de mídia ainda é um desafio.
Por outro lado, o Threads, plataforma da Meta, também tem atraído muitos brasileiros, acumulando cerca de 3,4 milhões de novos usuários. Com um design mais próximo de outras redes da Meta, como o Instagram, o Threads se baseia na coleta de dados para direcionamento de anúncios. Um ponto de crítica frequente é a falta de tópicos de tendências, como os “Trending Topics” do X, que faz com que o conteúdo em tempo real seja menos visível. A moderação do Threads é centralizada, gerenciada por políticas internas da Meta, o que pode gerar mais segurança para os usuários, mas menos flexibilidade em termos de controle de conteúdo.
Reações dos usuários
Rafael, um jornalista de São Paulo, mencionou que a transição para o Bluesky foi quase natural: "Eu estava procurando uma plataforma com uma experiência mais semelhante ao Twitter, e o Bluesky oferece exatamente isso. A ausência de uma moderação tão rígida como no Threads me agrada, pois me sinto mais livre para expressar opiniões diversas".
Já Ana Paula, influenciadora digital, optou pelo Threads. "Acho que o fato de pertencer ao grupo Meta me dá mais confiança. A segurança dos dados e a possibilidade de monetizar no futuro são aspectos que valorizo. No entanto, sinto falta dos ‘Trending Topics’ para acompanhar as principais discussões do momento."
Desafios e perspectivas
Ambas as plataformas têm seus desafios. O Bluesky ainda não possui um modelo de monetização claro, o que pode dificultar o engajamento de marcas e influenciadores a longo prazo. Por outro lado, o Threads, com sua estrutura mais corporativa e integrada ao ecossistema Meta, oferece mais previsibilidade, mas perde em inovação e espontaneidade.
Conforme mais brasileiros buscam alternativas ao X, o futuro das redes sociais dependerá da capacidade dessas plataformas de se adaptar às necessidades de seus usuários. O espaço está aberto para que novas redes se destaquem e ofereçam experiências personalizadas e seguras.
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